História da Cachaça

Cachaça, aguardente-de-cana, é a bebida destilada mais popular do Brasil. É definida pela legislação brasileira como produto alcoólico obtido a partir da destilação do caldo de cana fermentado devendo apresentar teor alcoólico entre 38º e 54º GL. Sua história remonta dos primórdios do século XVI, como sendo a primeira bebida destilada no Brasil.

Inicialmente, a cachaça era a espuma da caldeira em que se purificava o caldo de cana a fogo lento e servia como alimento para bestas, cabras, ovelhas. Assim, por algum tempo, foi considerado um produto secundário da industria açucareira; era mais uma garapa e não tinha nenhum teor alcoólico.

Somente depois da metade do século XVI é que a cachaça passou a ser produzida em alambique de barro, posteriormente de cobre, sob a forma e nome de aguardente. O aprimoramento dos métodos de produção atraiu muitos consumidores e a cachaça passou a ter importância econômica para o Brasil colônia. Ao tempo da transmigração da família real portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808, a cachaça já era considerada um dos principais produtos da economia brasileira.

Em 1819 já se podia dizer que a cachaça era a aguardente do país. Tornou-se a bebida dos brasileiros que, pôr amor à pátria, recusavam o vinho, especialmente os que vinham de Portugal, e faziam questão de brindar com cachaça. Atualmente a cachaça é a segunda bebida mais consumida no Brasil.

A cachaça tem uma grande aceitação no mercado internacional por conta de seu charme e sedução como a bebida típica brasileira. O produto está presente hoje nos melhores bares e casas noturnas da moda, em Londres, Paris, Berlim, Nova York e outros pontos badalados do planeta. Institutos de Pesquisas e revistas de comportamento dos Estados Unidos vêm apontando a cachaça e a caipirinha como bebidas em ascensão. Na Alemanha, a caipirinha já é uma das bebidas mais pedidas nos melhores bares e casas noturnas.

Na década de 20, o casal Oswald de Andrade, escritor, e Tarsíla do Amaral, pintora, viviam em Paris. No intelectualizado círculo de amigos, um dos freqüentadores assíduos da residência brasileira era o pintor catalão Pablo Picasso, que por influência tupiniquim tornou-se um grande apreciador da cachaça. Oswald de Andrade era um entusiasmado defensor dos produtos nacionais.

O ex-presidente do Brasil, Itamar Franco, em seu mandato como governador de Minas cria a lei tornando o dia 21 de maio como o dia estadual da cachaça e incentiva que a cachaça e o pão-de-queijo, sejam servidos em cerimônias oficiais do Estado. É a Lei N° 1.949 – Art. 11º de 11 de julho de 2001 do governo de Minas Gerais.

Temos três tipos básicos de cachaça devem ser considerados:
1. Aguardente de cana, produzida por grandes empresas com colheita feita por máquinas e processo industrial de fermentação.
2. Cachaça de alambique, com colheita manual e fermentação natural, processo artesanal.
3. Cachaça Premium tem um processo semelhante ao do vinho e sua produção é limitada e o controle de produção é muito rigoroso.

Um colecionador de cachaça entrou para o Guiness, o Livro dos recordes. José Moisés de Moura tem um verdadeiro museu no município de Lagoa do Carro – Pernambuco, Possui o maior acervo de diferentes tipos de cachaças do mundo. O reconhecimento internacional é do Guiness Book, que foi certificador do recorde. O título foi dado pelas 3.992 garrafas e litros, um verdadeiro arsenal etílico.

Segundo ABRABE, Associação Brasileira de Bebidas, o consumo per capita é de 7,5 litros de cachaça por ano e 618 doses de cachaça são consumidas a cada segundo no Brasil.

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